Metodologias para a transformação das peles de Linguado, Robalo, Paru e Tilápia em couro

Autores

  • Kátia Schwarz Unespar campus Paranaguá
  • Karoline Souza de Mendonça Unespar campus Paranaguá
  • Silvia Santos Wakiuchi Unespar campus Paranaguá
  • Jhennifer Caroline Sassamori Unespar campus Paranaguá
  • Gisele Cristina de Júlio Pucci Rebuli Unespar campus Paranaguá

DOI:

https://doi.org/10.22256/pubvet.v12n2a23.1-8

Palavras-chave:

Curtimento, peixe, processo, produto

Resumo

O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a determinação de processos de transformação da pele de peixes em couro, através do uso do tanino vegetal como agente curtente em peles de Linguado (Pleuronectesli neatus) e Robalo flecha (Centropomus undecimalis) e análise de resistência dos couros de Tilápia do Nilo (Oreocchromis niloticus) jovens e adultas e Parú (Chaetodipterus faber). Foram realizados curtimentos, divididos em duas etapas: Processos de Ribeira – curtimento (armazenamento, descarne, remolho, caleiro, desencalagem e píquel) e Processos de Recurtimento – acabamento (neutralização, recurtimento – tingimento, engraxe e secagem). Para as quatro espécies utilizadas durante o experimento, houve redução no uso de ácido fórmico. A proporção inicial era de 1% diminuindo para 0,5% na etapa de recurtimento, pois ao entrar em contato direto com as peles, a alta acidificação prejudicou o processo de curtimento e também a diminuição de 2% da soda barrilha para 1% durante o processo de caleiro, pois foi observado o rompimento das lamínulas de inserção das escamas, prejudicando o produto final. O curtimento dos couros de Robalos e Linguados resultou em um couro duro, sem condições para a realização das análises de resistência mecânicas, necessitando do desenvolvimento de novas metodologias para obtenção de um produto final macio e de fácil manuseio. Os corpos de prova foram feitos para os testes de: tração (N/mm²), alongamento (%) e rasgamento progressivo (N/mm), para os couros de Tilápia e Parú no dinamômetro EMIC® com velocidade de afastamento entre cargas de 100 ± 20 mm/mm. Os Couros de tilápias jovens e adultas apresentaram resistência à tração de 63,3 N/mm² e 42,6 N/mm², ao alongamento de 80,9 % e 64,3 % e ao rasgamento progressivo de 32,7 N/mm e 41,9 N/mm, respectivamente. Comprovando superioridade em relação ao couro de Parú onde apresentou resistência a tração de 56,8 N/mm², ao alongamento de 42,5 % e ao rasgamento progressivo de 20,9 N/mm. Os couros de Tilápias jovens e adultas e de Parús de acordo com a ABNT NBR 13525:2016 podem ser empregados para cabedal de moda, e os das Tilápias também podem ser utilizados para fins automotivos e moveis.

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Publicado

25-01-2018

Edição

Seção

Aquicultura

Como Citar

Metodologias para a transformação das peles de Linguado, Robalo, Paru e Tilápia em couro. (2018). Pubvet, 12(02). https://doi.org/10.22256/pubvet.v12n2a23.1-8

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