Hidrocefalia congênita em cão idoso
DOI:
https://doi.org/10.22256/pubvet.v11n1.55-61Palavras-chave:
canino, convulsões, fontanela, hidrocefalia, tomografiaResumo
No período de formação do sistema nervoso fetal podem ocorrer falhas, levando a problemas após o nascimento, como a persistência da fontanela, a qual é decorrente da não calcificação das suturas cranianas. A hidrocefalia é um tipo de alteração congênita causada pela inadequada circulação do líquido cefalorraquidiano que ao acumular-se promove aumento do volume e consequente dilatação dos ventrículos cerebrais. Pode ser congênita ou adquirida, e as raças mais predispostas de cães são aquelas de pequeno porte. Dentre os sinais clínicos mais comuns da hidrocefalia estão as deformidades no crânio, na órbita ocular, ou o aumento da pressão no tegumento mesencefálico, depressão, apatia, delírio, cegueira, ataxia, demência, agressividade, irritação, dificuldade de adestramento e aprendizagem, andar em círculos e convulsões. A anamnese do animal deve ser realizada adequadamente, seguida pelo exame clínico e neurológico, podendo ser necessária a solicitação de exames laboratoriais e de imagem para se fechar o diagnóstico da hidrocefalia. Exames de imagem como ultrassonografia encefálica, tomografia computadorizada e ressonância magnética vêm proporcionando, atualmente, um melhor suporte como meios diagnósticos. Dentre os fármacos utilizados na terapêutica clássica estão: corticosteróides, diuréticos e agentes osmóticos, os quais atuarão diminuindo o edema cerebral e, por conseguinte, a pressão intracraniana. Pacientes que tiverem episódios convulsivos precisam receber terapêutica específica. Dependendo do caso, o tratamento à base de medicamentos é eficiente, porém, para um melhor controle dos sintomas, algumas vezes, indica-se a cirurgia de desvio ventrículo-peritoneal. Relata-se um caso de um canino Poodle, 11 anos de idade, fêmea, que após ter sofrido trauma craniano e realizado exame tomográfico, foi diagnosticada com hidrocefalia congênita e fontanelas persistentes em região frontal e bilateralmente, entre os ossos parietal e temporal. A paciente foi tratada com terapia clássica, utilizando-se corticóides (dexametasona e prednisona) e diuréticos (manitol e furosemida), obtendo-se sucesso na recuperação.
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Copyright (c) 2017 Renata Martins de Lima, Marcelo Weinstein Teixeira, Fabiano Séllos Costa, Lorena Adão Vescovi Séllos Costa, Elayne Cristine Soares da Silva
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